domingo, 5 de fevereiro de 2012

Notícia: Algas serão usadas para produzir energia

Os outros usos do petróleo, dos derivados, dos óleos, não podem ser produzidos a partir do álcool

Texto: Joel Leite

Fotos: Divulgação



(18-08-10) – O petróleo ainda deve continuar abastecendo os motores dos carros por muito tempo. Mas apenas metade do petróleo pode ser substituída por álcool, que é o combustível usado para rodar com o carro.

Os outros usos do petróleo, dos derivados, dos óleos, não podem ser produzidos a partir do álcool. O óleo tem o dobro da densidade energética do álcool.Por isso é preciso buscar alternativa para não ficar dependente do petróleo.

Essa é a pesquisa que o Instituto Erac para Combustíveis Renováveis, de Saint Louis, Estados Unidos, está fazendo. A entidade está apostando na alga para a produção de combustível.

Richard Sayre, diretor do Instituto Erac, participou do Congresso Pan-Americano sobre Plantas e Bioenergia realizado em São Pedro, interior de São Paulo, na semana passada.

A pesquisa feita com algas resultaram em dados animadores. As algas produziram 58.700 litros de óleo por hectare de cultivo, dez vezes mais do que o óleo de palma, que foi a segunda colocada. E a produtividade pode ser muito elevada, chegando a 140 mil litros de óleo por hectare.

Além disso, as algas não têm tecidos heterogêneos, como folhas, galhos e raízes, o que facilita um dos maiores obstáculos da obtenção dos biocombustíveis de plantas: a quebra da parede celular.

Outra vantagem apontada pelo pesquisador é o alto teor de óleo das células das algas, que podem apresentar até 50% de lipídios não polares, mais fáceis de serem quebrados, e possuem de 10% a 45% mais energia do que as matérias-primas obtidas de carboidratos.

As algas não são apenas uma boa solução para a produção de combustível, como também para o tratamento de esgoto. Elas são capazes de decompor matéria orgânica. Além da limpeza da água, o cultivo produziria biodiesel e absorveria uma boa parte do CO2 da atmosfera.

A viabilidade na produção de biodiesel através das algas é uma realidade. Hoje é possível produzir biodiesel de algas a US$ 2,00 por galão (o galão tem 3,78 litros). Há três anos o custo era de US$ 100,00. Isto sem qualquer subsídio governamental.

Tuitando

Biólogos israelenses descobriram uma bactéria que elimina a sujeira de petróleo derramado no mar. http://tinyurl.com/2edg8ra

O vice-presidente executivo da Toyota Motor Corporation, Atsushi Niimi, estará no Brasil dia 8 de setembro para a cerimônia do lançamento da pedra fundamental da futura fábrica da empresa, em Sorocaba.

A Petrobras foi a mais votada na pesquisa Ibope-Seleções na categoria Posto de Combustível, com 47%. A seguir: Ipiranga, 19% e Shell, 16%.

http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/yahooNoticiaConteudo.vxlpub?hnid=44560

Mistério do cotidiano: é seguro tirar a parte podre de um alimento e comer o resto?

Aquele pedaço de queijo já habita sua geladeira faz um bom tempo e desenvolveu uma capa peluda e verde de fungo. Mas você está com fome – muita fome. É seguro tirar a parte podre e comer o resto?

Saiba que o fungo não é só aquela parte verde, branca, azul (ou seja lá qual for a cor mais recorrente na sua geladeira) que conseguimos ver a olho nu. Esses são apenas os esporos. Normalmente o resto do fungo (os galhos e as raízes) é bem mais difícil de ver e pode ter se propagado profundamente na sua comida.

Sendo assim, cortar a parte podre da comida não vai impedi-lo de estar engolindo uma boa quantidade de fungo. A maioria dessas “criaturas” não são perigosas, mas sempre há aqueles que devem ser evitados. Eles contém algumas toxinas que podem causar problemas respiratórios e reações alérgicas. Uma dessas toxinas, especialmente, conhecida como aflatoxina é suspeita até de causar câncer.

As toxinas mais perigosas costumam estar presentes em fungos que crescem em grãos (elas costumam aparecer bastante no amendoim salgado que compramos pronto, quando este já passou do prazo de validade ou não foi preparado corretamente), mas também podem ser encontradas em frutas e no suco de uva.

Para manter os fungos longe de seus alimentos você deve:

  • Cobrir os alimentos para que eles não entrem em contato com os esporos de fungo que o ar carrega
  • Refrigerar a comida apropriadamente
  • Comer sobras de, no máximo, três dias de “idade” – quando não forem congeladas [Life's little mysteries]

http://hypescience.com/misterio-do-cotidiano-e-seguro-tirar-a-parte-podre-de-um-alimento-e-comer-o-resto/

10 Doenças Misteriosas

Existem muitas doenças que podem ser curadas com um simples remédio. Mas, como os humanos não são perfeitos, existem aquelas doenças misteriosas, cuja cura também não conhecemos. Confira dez das mais curiosas delas:

10) Doença de Morgellons
Esta misteriosa doença, que surgiu recentemente, exibe sintomas que parecem saídos da ficção científica. Os pacientes reclamam de insetos rastejando intensamente em sua pele e fibras estranhas que se projetam a partir de feridas abertas. Alguns na comunidade médica culpam a “doença” por delírio psicótico, mas outros dizem que os sintomas são muito reais.

9) Síndrome da fadiga crônica
A fadiga crônica é uma clássica doença medicamente inexplicável de sintomas físicos, com diagnóstico baseado apenas na exclusão de outras possibilidades. Mais do que apenas se sentir um pouco cansados, os doentes da SFC ficam frequentemente acamados por vários dias.

8 ) Doença de Creutzfeldt-Jakob
Uma versão deste distúrbio raro é mais conhecida como “doença da vaca louca” e pode ser contraída pela ingestão de carne contaminada. Mas mesmo a doença regular, mais comum, também é fatal e de ação rápida. Porque ela se desenvolve na maioria dos pacientes são razões que os médicos ainda precisam descobrir.

7) Esquizofrenia
Especialistas consideram este o mais intrigante dos transtornos mentais, aquele que priva o paciente da capacidade de distinguir a realidade da fantasia. Os sintomas variam descontroladamente entre pacientes e incluem delírios, alucinações, discurso desorganizado, falta de motivação ou emoção, etc. A doença simplesmente não tem como ser definida por exames médicos.

6) Doenças auto-imunes
“Doenças auto-imunes” é um termo que engloba uma série de males, incluindo lúpus e esclerose múltipla, doenças que afetam os órgãos do corpo e suas funções normais como inimigos invasores. Elas são geralmente crônicas, sempre debilitantes, e os médicos podem fazer pouco, a não ser aliviar os sintomas.

5) Pica
Pessoas com diagnóstico de Pica (e não pense no uso da palavra como um nome chulo para o pênis, é o nome real de uma doença) têm uma estranha vontade de comer substâncias que não são alimentos, como sujeira, papel, cola e argila. Embora os especialistas acreditem que a doença seja relacionada com a deficiência mineral, os peritos da saúde ainda não encontraram nenhuma causa real e não há cura para tal distúrbio bizarro.

4) Gripe aviária
Os seres humanos não são imunes a um poderoso vírus da gripe transportado por aves. As taxas de mortalidade por infecção em humanos são cerca de 50%, mas, até agora, parece que os seres humanos foram infectados principalmente pelo manuseio direto de aves também infectadas. O medo dos especialistas é que a contaminação aconteça através do contato de humanos contaminados com outros humanos e não tendo mais as aves como vetor

3) Resfriado comum
Você pode se surpreender com a presença da gripe comum nessa lista, mas mesmo com o alto nível de ocorrências da doença, os médicos ainda sabem muito pouco sobre o nariz escorrendo e a tosse induzida pelo resfriado. Muitas vezes, tempo e canja de galinha, não antibióticos, são os únicos remédios que realmente ajudam.

2) Mal de Alzheimer
Essa doença não deve ser confundida com o esquecimento que afeta a maioria dos seres humanos quando ficam mais velhos. O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro que se manifesta de forma diferente em cada um dos seus doentes. A causa exata não é compreendida e a doença ainda não pode ser tratada de forma eficaz.

1) AIDS
Vinte e cinco anos depois de ter sido identificada pela primeira vez, ainda não há cura para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A AIDS continua a ser uma das mais poderosas assassinas do mundo, especialmente nos países em desenvolvimento. Segundo pesquisas recentes, a doença provavelmente começou com chimpanzés e só depois passou para os humanos. [LiveScience]


Fonte: http://hypescience.com/10-doencas-misteriosas/

10 fatos surpreendentes sobre seu coração


Assuntos do coração são discutidos na sociedade há muito tempo, não só por médicos e profissionais da saúde, mas também por escritores literários. Existem livros inteiros dedicados a ele e a, principalmente, o amor. Cada vez mais temos a certeza de que o coração é complexo; sem ele não podemos viver nem amar. Aproveite então para conhecer um pouco dos mistérios dessa máquina incrível da qual você depende totalmente:

10) Sex Appeal
Um estudo descobriu que ter um orgasmo pelo menos três vezes por semana corta pela metade a probabilidade de morte por doença cardíaca coronária. Além disso, o sexo pode ser uma ginástica e tanto. Estima-se que uma sessão de sexo vigoroso pode dobrar a ritmo do coração e queimar cerca de 200 calorias, ou o equivalente a uma corrida de 15 minutos. Assim, permanecer na cama pode ser exatamente o que o médico pediu.

9) Coração feminino
Durante décadas, doenças cardíacas e ataques do coração foram vistos como uma doença do homem, mas isso está longe da verdade. Doenças do coração matam 500 mil mulheres norte-americanas a cada ano, contra 50 mil homens. Outra diferença entre os sexos: mulheres não tendem a ter um ataque cardíaco padrão hollywoodiano em que a dor no peito lhe faz cair ao chão. Em vez disso, as mulheres relataram aperto, dor ou pressão no coração, além de outros sintomas como náuseas, dores nas costas e na mandíbula.

8 ) Remendo no coração
Um coração partido pode ser doloroso o suficiente para lhe fazer desejar um kit de reparação. Essa opção pode se tornar realidade um dia. Cientistas estão estudando a salamandra vermelha manchada para desenvolver terapias celulares para seres humanos com corações fisicamente danificados. Este anfíbio pode “renascer” suas células, como se elas fossem células-tronco, a fim de construir um novo músculo para o coração. Em outro estudo, cientistas projetaram um coração que bate a partir de células-tronco embrionárias em laboratório.

7) De coração para coração
Um olhar aparentemente tímido de um cachorro ou uma carícia de seu gato pode fazer você imaginar se seu animal de estimação pode se comunicar com você. Um estudo recente adiciona os cavalos na lista de animais sensíveis emocionalmente. Uma cientista verificou que o ritmo do coração de um cavalo reflete os seres humanos que os tocam. O detector de emoção do cavalo poderá um dia substituir os métodos utilizados para mensurar hormônios do stress em pacientes.

6) Coração grande
Algumas pessoas realmente têm corações maiores do que outros – e não tem nada a ver com o ditado “em coração de mãe sempre cabe mais um”. Ao invés de ser um sinal de afeto, o coração dilatado pode indicar doença cardíaca. O tipo mais comum, chamada cardiomiopatia dilatada, ocorre quando as câmaras do coração estendem e ampliam. A doença pode privar os órgãos do corpo de sangue suficiente. Se não for tratado, um coração grande pode levar à insuficiência cardíaca.

5) Rir faz bem pro coração
Uma gargalhada do tipo que lhe faz escorrer lágrimas pode fazer com que o revestimento das paredes dos seus vasos sanguíneos, chamado endotélio, relaxe, aumentando o fluxo de sangue por até 45 minutos após o ataque de riso. Porém, danos ao endotélio podem levar ao estreitamento dos vasos sanguíneos e, eventualmente, doenças cardiovasculares. Isso não é motivo para rir.

4) Bebida para o coração
Um copo de Merlot pode ir direto ao coração, segundo pesquisas. E isso também vale para a variedade branca. Os cientistas atribuem benefícios ao coração à pele da uva, repleta de certos antioxidantes. Desde que é a pele arroxeada que é removida para fazer Chardonnays, muitos cientistas assumiram que o vinho branco provavelmente não faria qualquer bom ao coração, mas um experimento com ratos de laboratório mostrou que a polpa de uva esconde compostos cardio protetores que rivalizam com os encontrados em vinhos tintos. Tinto ou branco? Basta seguir seu coração.

3) Poderosa bomba
Em menos de um minuto, seu coração pode bombear sangue para todas as células do seu corpo. E ao longo de um dia, cerca de 100.000 batimentos cardíacos bombeiam 2.000 litros de sangue rico em oxigênio, muitas vezes através de cerca de 96 mil quilômetros de ramificação de vasos sanguíneos que ligam as células dos nossos órgãos e partes do corpo. Trabalho pesado para um músculo do tamanho de um punho, não?

2) Coração partido
Segundo uma pesquisa, um rompimento com alguém querido ou a notícia de uma morte na família pode, literalmente, levar a corações partidos, sob a forma de maior risco de ataque cardíaco. Esse trauma também pode desencadear a liberação de hormônios do estresse na corrente sanguínea que temporariamente atordoam o coração. Os sintomas resultantes imitam aqueles de um ataque cardíaco – dores no peito e falta de ar – mas deste tipo de dores no coração você pode se recuperar em alguns dias.

1) Sinal de amor
Pesando cerca de 283 gramas, o músculo cheio de sangue chamado de coração se tornou o símbolo universal do amor. Os gregos acreditavam que o coração era a sede do espírito; os chineses o associaram ao centro de felicidade e os egípcios acreditavam que as emoções e o intelecto surgiram a partir do coração. Ninguém sabe ao certo a origem exata da associação do coração ao amor, no entanto. Uma ideia é que o coração tenha adquirido sua marca de “amor” na antiga cidade grega de Cirene, na Líbia. A colônia era conhecida por uma planta chamada Silphium, com casca de semente em forma de coração. A Silphium tinha propriedades medicinais, e possivelmente também foi utilizada como um contraceptivo de ervas. [LiveScience]


http://hypescience.com/10-fatos-surpreendentes-sobre-seu-coracao/

Cólica menstrual pode alterar estrutura cerebral

Alterações deixam o organismo mais suscetível à dor

por Minha Vida


As cólicas menstruais são a desordem ginecológica mais comum em mulheres em idade fértil. Caracterizadas pela dor na parte inferior do abdômen que começa no início do fluxo menstrual, as cólicas de estímulo contínuo podem causar alterações no sistema nervoso, de acordo com um estudo do Instituto de Ciências e do Cérebro da Yang-Ming University, em Taiwan. O estudo será publicado na íntegra na edição de setembro da revista Pain.

Através da análise de 32 pacientes que sofriam de cólicas menstruais, os pesquisadores relataram mudanças anormais na estrutura do cérebro, quando elas sentiam dores e até mesmo quando elas não se queixavam. O acompanhamento foi feito através de questionários e de ressonância magnética, que era feita quando as pacientes não apresentavam dores.

Assim, mapas da massa cinzenta do cérebro de cada voluntária foram criados e os pesquisadores puderam ver que houve variações significativas no volume dessa massa cinzenta. Além disso, diminuições anormais foram encontradas em regiões envolvidas na transmissão da dor, significando maior processamento sensorial que afetava a regulação das regiões envolvidas na modulação da dor e na regulação dos hormônios.

O coordenador do estudo, o professor Jen-Chuen Hsieh, comentou: "Nossos resultados demonstram que as mudanças anormais em determinadas regiões do cérebro estão presentes em pacientes que costumam ter cólicas menstruais mesmo no período em que não há dor. Isso mostra que não somente a dor física, mas também o período cíclico em que elas ocorrem podem resultar em mudanças duradouras", que acrescentou ainda: "Esse estudo mostrou que o cérebro adolescente é mais vulnerável a dor menstrual, porém precisamos de mais estudos que mostrem o porquê dessa relação, bem como a interferência hormonal no quadro clínico e se as alterações cerebrais são reversíveis ou não."

Aliviando as cólicas menstruais

Mais de 50% das mulheres em idade fértil sentem calafrios só de olhar o calendário e notar que a fase de cólicas está chegando. "Dos 12 aos 30 anos, esse é um problema comum", afirma a ginecologista Silvana Chedid, diretora da clínica Chedid Grieco e chefe do setor de Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa. "O mal aparece em consequência das contrações realizadas pelo útero para eliminar o sangue. Ou seja, quanto mais intenso for o fluxo da mulher, mais fortes são as cólicas", explica a médica.

Mas se você já está cansada de saber o que está por trás de tanto sofrimento e quer mesmo é arranjar uma solução para ele, confira algumas dicas de soluções simples e muito eficazes para acabar de vez com esse martírio.

1. Analgésicos e anti-inflamatórios: "Algumas mulheres têm cólicas mensalmente. Para elas, lançar mão de algum remédio pode ser a melhor saída. Mas só faça isso depois de consultar um médico", afirma a ginecologista do Hospital Beneficência Portuguesa.

2. Anticoncepcionais à base de hormônios: A pílula ou outros métodos do gênero têm ação comprovada contra as dores de quem pena com o fluxo muito intenso. Como ela diminui a intensidade do fluxo, as cólicas também acabam diminuindo.

3. Massagens: Técnicas que utilizam o calor (como a massagem de pedras) têm ótimo efeito contra as dores e os inchaços tão comuns no período. As massagens ayurvédica, tuiná, o shiatsu e a reflexologia melhoram a circulação e relaxam a musculatura, afirma a fisioterapeuta Andréa Machado, gerente do Thalasso Spa da Praia do Forte (Bahia).

5. Exercícios físicos: Quando treina, você aumenta a dose de endorfina que circula no sangue. Esse hormônio provoca uma sensação de prazer e euforia, ajudando a esquecer o desconforto. Além disso, o esforço físico faz com que os vasos do colo uterino se dilatem, facilitando a passagem do sangue. "Fora isso, os líquidos retidos que causam o inchaço, tanto da mama como do ventre, são mais bem drenados com o aumento da temperatura corporal e com a transpiração", afirma a especialista do Thalasso Spa.

6. Bolsa de água quente: O calor alivia as dores porque relaxa os músculos, dilata os vasos capilares e produz o bem-estar.


http://yahoo.minhavida.com.br/saude/materias/11735-colica-menstrual-pode-alterar-estrutura-cerebral


As baratas realmente podem sobreviver a uma explosão nuclear?


Baratas são um dos insetos mais durões que existem por aí. Além de assustarem até os marmanjos mais corajosos, elas são muito resistentes e há um boato que diz que elas poderiam sobreviver a um ataque nuclear. Será?

As baratas estão por aí a cerca de 300 milhões de anos, a muito mais tempo do que nós, o que mostra que seu “design” é de sucesso. A idéia de que elas poderiam sobreviver a uma explosão nuclear é plausível por causa da resistência dos bichos.

Elas podem ficar sem comer por cerca de um mês, se reproduzem rapidamente e em grandes números (o que é uma vantagem evolucionária que espécies como nós, que se reproduzem lentamente, não temos). As baratas também possuem alta resistência a radiação – mas isso só as ajudaria a suportar a radiação remanescente da explosão. Se uma delas estivesse próxima a explosão, ela seria torrada como qualquer um de nós.

Esses insetos também se adaptam a uma enorme variedade de condições e podem até desenvolver tolerância contra alguns tipos de veneno.

Então, pelo que sabemos, as baratas poderiam ser a única coisa viva a sobrar após uma explosão nuclear. Os Mythbusters, os Caçadores de Mitos da Discovery Channel, testaram esse mito em no episódio 97 e descobriram que as baratas poderiam sobreviver a 10 vezes a radiação que nós, humanos, agüentamos.

Mas uma espécie de besouro, conhecida como besouro-de-farinha, conseguiu superar a marca das baratas – então os caçadores detonaram o mito.

Mesmo assim, há cerca de 4mil espécies de baratas se esgueirando e correndo pelas cozinhas do mundo. Então mesmo que o mundo inteiro sofresse ataques nucleares, é bem possível que algumas delas ainda permanecessem intactas.

http://hypescience.com/as-baratas-realmente-podem-sobreviver-a-uma-explosao-nuclear/

O lado bom do cocô

O lado bom do cocô: apura uma denúncia infundada de e-mail alarmista recebido por ela:



O email era alarmista, e, como tantos outros, quase teve imediatamente o destino da lixeira. Trocando em miudos, a mensagem, repassada a mim e vários outros pesquisadores por um doutorando do Instituto, era a seguinte: "não compre iogurte Activia, pois ele é feito com fezes!". Sim, de fato os tais microorganismos que caracterizam a contribuição do iogurte Activia para a boa composição da sua flora intestinal (que por sinal não é flora, nem fauna, pois bactéria não é planta nem animal!) habitam regularmente o intestino de humanos. Logo, deduz "brilhantemente" o email, numa falácia infantil, a fonte das "bactérias boas" do iogurte Activia seriam... fezes humanas misturadas ao iogurte!

A falácia é que uma coisa não implica a outra. Afinal, bactérias são rotineiramente cultivadas em laboratório, em placas de cultura perfeitamente limpas e estéreis onde elas se reproduzem sobre camadas de gelatina. Supus que tal fosse a origem, perfeitamente inócua, das bactérias do Activia, descobertas e registradas pela Danone; nesse caso, nada contra ingerir bactérias de origem tão pura, mesmo que o habitat normal delas (e procedência original) seja nossos intestinos. Aliás, não fosse esse o seu habitat, de nada serviria ingerir as ditas-cujas no iogurte.

Pensei em dar ao email o mesmo destino da mensagem imbecil que, dois meses atrás, exortava o leitor a não se vacinar contra a gripe H1N1; pensei em escrever de volta ao doutorando dizendo que a mensagem era alarmante sem razão de ser; mas ela acabou ficando na caixa de entrada.

(Em tom escatologicamente relacionado, no New York Times de 12 de julho de 2010 o escritor Carl Zimmer relata um estudo recente sobre como os micróbios que abrigamos, dez vezes mais numerosos que nossas proprias células, equilibram nosso corpo. No estudo publicado no Journal of Clinical Gastroenterology, liderado por Alexander Khoruts, gastroenterologista da Universidade de Minnesota, uma mulher com diarreia crônica incurável ficou boa em apenas um dia após receber em seu cólon uma injeção de... fezes do seu marido, processo pouco usado mas conhecido da ciência chamado, muito apropriadamente, de "transplante de fezes". Khoruts, que testou a flora microbiana intestinal da mulher antes e depois do transplante, explica. Antes, "as bactérias normais não existiam nela"; depois, sua não-fauna, não-flora intestinal se normalizou, graças à colonização pelas bactérias fecais doadas pelo marido. "Para você, dou até meu cocô", quem diria, é uma prova de amor...)

A estória do Activia teria ficado por isso mesmo não fosse minha birra com o glúten, que resolvi há dois anos cortar da minha alimentação, com resultados maravilhosos. Não digo que funcione para todos, mas para mim é muito melhor a vida sem pães, massas, bolos e biscoitos - talvez sinal de uma leve intolerância ao glúten, subclínica, como me disse um médico. Mas enfim. Na falta do Nestlé branco de sempre, esgotado no supermercado, tinha um Activia natural na geladeira, que seria parte de meu café da manhã de ontem. Seria, se não fossem as palavras: "contém glúten". Como assim, se os ingredientes são apenas leite integral, leite em pó desnatado, e fermento lácteo, quando o glúten é encontrado somente no grão de trigo e alguns outros cereais?

O número do atendimento ao consumidor estava no rótulo, ainda tinha 15 minutos até o táxi chegar, então resolvi testar a experiência de falar com o SAC da Danone - e, de quebra, aproveitar para tirar a limpo a estória do "iogurte-feito-com-fezes". O menu eletrônico era surpreendentemente curto, e em instantes estava eu falando com uma atendente. Que me explicou, em um tom bem informado e natural, sinal de que não estava apenas lendo de um monitor, que o aviso era apenas para alertar às pessoas realmente intolerantes a qualquer resquício de glúten que, por causa das máquinas compartilhadas com outros produtos, poderia haver traços de glúten no Activia - mas apenas traços. Muito bom.

"E quanto ao fermento lácteo, como essas bactérias são produzidas?", perguntei, esperando (torcendo!) que a resposta fosse "em cultura estéril, em nossa fábrica". Resposta, meio titubeante: "são produzidas como em todas as outras empresas, a partir de fermento lácteo". Não, não, isso não responde à pergunta. Elas são cultivadas na fábrica, ou são extraídas de plantas, ou de animais? "São extraídas de animais, senhora".

Hmmm. Agradeci e desliguei o telefone tentando me convencer de que não há nada mais natural do que recolher e purificar bactérias de uma fonte naturalmente enriquecida, ou seja, fezes animais, ou no mínimo seus intestinos, eliminando todos os outros contaminantes - inclusive as bactéricas E. coli, mais conhecidas como coliformes fecais, responsáveis por no mínimo baitas dores de barriga em altas doses. Não funcionou. Minha ínsula anterior olhou para o potinho de iogurte e mandou pousar a colher, desgostosa com a imagem.

Mas antes que você jogue no lixo todos os potes de Activia, leitor, só mais um pouquinho de paciência. Notei que minha pergunta não estava completa. É claro que a origem do bacilo Dan regularis é o intestino animal, se não o humano, pois é lá seu habitat natural. Mas isso não significa que os potes de iogurte recebam gotinhas de fezes nem extratos mais ou menos purificados delas.

Liguei de novo para o SAC (se quiser, ligue você mesmo: 0800 7017561). Faço minha pergunta agora de maneira mais precisa, e Paloma, outra atendente, me responde tranquilamente: o bacilo tem origem animal, mas ele é cultivado, puro, em laboratório, e adicionado ao iogurte. Insisto, refaço a pergunta de outras formas. Não, senhora; trabalhamos somente com culturas puras em laboratório. Certo.

Constato, assim, o poder da ínsula anterior, parte do córtex cerebral que registra nosso estado corporal interior e nossas sensações subjetivas, como o nojo/desgosto. O iogurte é o mesmo, e eu sempre gostei do seu sabor e textura. Mas a suspeita de algo de podre em seu meio foi suficiente para me fazer, por algumas horas, torcer o nariz e pousar a colher. Se minha ínsula anterior agora está feliz novamente? Vou lá na cozinha testar...


http://www.suzanaherculanohouzel.com/journal/2010/7/27/o-lado-bom-do-coco.html